segunda-feira, 19 de junho de 2017

   

Uma desculpa dos "Dedigrejados"é usar o termo grego "Ekklesia" como "chamado para fora" usando assim a desculpa de que ir a uma reunião em um templo é religiosidade ou coisas do tipo.
vejamos...

Igreja/Eclésia significa “chamados para fora” no Novo Testamento.

Você já ouviu alguém falando que igreja é no original ekklesia significa “chamados para fora”, então “a igreja é um povo chamado para fora do_____ (inclua aqui tudo o que a pessoa não concorda: mundo, sistema religioso, parede e por aí vai)”. O problema é que a raiz de uma palavra nem sempre fornece o significado no tempo em que foi usada. Por exemplo, entendemos hoje gentileza como cortesia, mas no latim gentilis era quem pertencia à mesma família ou clã. Então, apesar de algumas vezes útil devemos tomar cuidado com o “significado oculto da raiz da palavra”. Veja o que Robert Cara, em artigo bem interessante chamado “Cuidado com o Significado Oculto da Raiz de uma Palavra“, escreve sobre ekklesia:
No grego, mais do que no português, muitas palavras são uma combinação de duas outras palavras, mas geralmente o estudo etimológico do porquê e de quando essas palavras foram combinadas é completamente desconhecido pelo autor do Novo Testamento. A palavra grega ekklesia, que é geralmente traduzida por “igreja”, é uma combinação das palavras chamar e fora. Contudo, os dicionários gregos acadêmicos não dão a definição de “os chamados para fora” para a palavra ekklesia, porque ela não está sendo usada dessa maneira no Novo Testamento. Embora seja teologicamente verdadeiro que cristãos tenham sido chamados para fora do mundo pecaminoso para ser a igreja, essa verdade não é derivada da palavra ekklesia. Semelhantemente, no inglês moderno a palavra butterfly (borboleta) é claramente composta das palavras butter (manteiga) e fly (mosca), mas isso não nos ajuda a entender melhor o inseto.
A Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã traz a seguinte definição para igreja:
“No NT, “igreja”traduz a palavra grega ekklēsia. No grego secular, ekklēsia designava uma assembléia pública, e este significado ainda foi mantido no NT (At 19.32, 39, 41).
No AT hebraico a palavra qahal designa a assembléia do povo de Deus (e.g. Dt 10,4; 23.2-3; 31.30; Sl 22.23), e a LXX, a tradução grega do AT, traduz esta palavra por ekklēsia e synagōgē, igualmente. Até mesmo no NT, ekklēsia pode significa a assembléia dos israelitas (At 7.38; Hb 2.12); mas, à parte destas exceções, a palavra ekklēsia no NT designa a igreja cristã, tanto local (e.g. Mt 18.17; At 15.41; Rm 16.16; 1 Co 4.17; 7.17; 14.33; Cl 4.15) quanto universal (e.g. Mt 16.18; At 20.28; 1 Co 12.28; 15.9; Ef 1.22).

É interessante notar que algumas das pessoas que enfatizam o “chamados para fora” são também contra a reunião dos crentes em um prédio para cultuar a Deus. Contudo, como o uso do termo ekklēsia mostra, a igreja é uma assembléia (ou seja, uma reunião) e a igreja em Atos se reunia sim em locais fechados para cultuar a Deus, orar e ouvir a Palavra.

Ora, estes de Beréia eram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a Palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim. (Atos 17:11)


Exegese x Eisegese

Enquanto a exegese consiste em extrair o significado de um texto qualquer, mediante legítimos métodos de interpretação; a eisegese consiste em injetar em um texto, alguma coisa que o interprete quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do mesmo. Em última instância, quem usa a eisegese força o texto mediante várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o que na verdade não se acha lá.
                PEQUEI, E DAÍ?

          A falta do exercício da disciplina na Igreja sobre membros e líderes faltosos é consequência do conceito largamente difundido entre os evangélicos de que os crentes não são responsáveis por seus atos diante de outros, e especialmente, de que não dão conta de seus atos às igrejas das quais participam ou lideram.
Primeiro, há quem considere o exercício da disciplina como uma violação do mandamento de Jesus, “não julgueis para que não sejais julgados” (Mat 7:1). Essa interpretação é totalmente falsa. O julgamento que Jesus proíbe é o julgamento hipócrita, isto é, condenarmos os outros sem prestarmos atenção em nossos próprios pecados (veja versos 3-5). A prova que Jesus não estava fazendo uma proibição geral contra o julgamento se encontra nos versículos seguintes, quando Ele determina aos discípulos: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mat 7:6). Para que possamos obedecer a esse mandamento, temos de determinar quem é porco e quem é cão. Ou seja, temos que julgar. Além disso, foi o próprio Jesus quem determinou os passos para o exercício da disciplina na Igreja (Mat 18:15-17).
Segundo, para muitos a disciplina é uma violação do mandamento do amor. É considerada como falta de amor cristão para com o irmão caído. Essa interpretação falsa do amor cristão não leva em conta o ensino bíblico de que Deus disciplina exatamente aqueles que Ele ama (Heb 12:6; cf. Deut 8:5; Sal 89:30-34; 11975; Prov 3:12; 13:24; etc). Fechar os olhos para o pecado do irmão não é amor. É ódio. É desejo de vê-lo afundar-se mais e mais no pecado.
Essas atitudes têm servido para que evangélicos vejam a disciplina como algo punitivo, injusto, vingativo e opressor, levando muitos a acharem que devem prestar contas de seus atos somente a Deus. E às vezes, nem isso.
Se esse estado de coisas não mudar, veremos o crescimento de uma geração de cristãos irresponsáveis, que não reconhecem seus erros e pecados, que desconhecem o valor e a necessidade da disciplina, e que não percebem a seriedade e a gravidade do pecado e suas conseqüências na vida do discípulos de Cristo e a importância de corrigir publicamente os pecados públicos, como Jesus corrigiu publicamente a mulher adúltera. Ele não a condenaria com pena de morte, como os fariseus desejavam, mas corrigiu sua vida imoral em público, dizendo “vá e não peque mais”.

O FATÍDICO 12 DE JUNHO DE 1883

  Por Paulo César Silva [1] Nesse dia, o Juiz de Direito da Comarca da Vila de São João do Príncipe, Dr. José Balthazar Ferreira Facó, sui...